Por Peter Kühn, professor no curso de Radiologia A primeira aula do curso de formação de professores da Escola Técnica Geração, iniciado no último dia 23 de julho, teve como tema “Criando condições favoráveis para a aprendizagem”, na Oficina do Aprendiz. A aula iniciou com um conto chamado “Os Tigres e o Morango”. Confira abaixo:

Os Tigres e o Morango

“Um dia, enquanto andava pela selva, um homem encontrou um tigre feroz. Ele correu para salvar sua vida, perseguido de perto pelo tigre. O homem chegou à beira de um precipício, e o tigre estava quase a alcançá-lo. Sem opções, o homem agarrou-se a uma parreira com as suas duas mãos, e desceu. No meio do precipício, olhou para cima e viu o tigre no topo, arreganhando os dentes. Olhou para baixo, e viu outro tigre, rugindo e esperando a sua chegada. E ficou preso entre os dois.

Em seguida, apareceram dois ratos sobre o precipício, um branco e outro preto. Como se ele não tivesse com preocupações suficientes, os ratos começaram a roer a parreira. Sabia que se os ratos continuassem a roer, chegaria um ponto em que a parreira não poderia suportar o seu peso, causando a sua inevitável queda. Tentou espantar os ratos, mas eles voltavam e continuavam a roer.

Nesse momento, ele viu um morangueiro que crescia na parede do precipício, não muito longe dele. Os morangos pareciam grandes e maduros. Segurando-se na parreira com apenas uma das mãos, com a outra colheu um morango.

Com um tigre acima, outro abaixo, e com os ratos continuando a roer a parreira, o homem comeu o morango e achou-o absolutamente delicioso.”

O objetivo desta introdução foi de nos incentivar a encontrar o morango e saboreá-lo mesmo em condições adversas; permitir agir como crianças, permitir a diversão e o aprendizado com ferramentas lúdicas – o FLOW.

Aula proporcionou três grandes desafios

A aula deste primeiro encontro foi marcada por três grandes desafios. O primeiro foi a construção de uma ponte, na qual o objetivo era fazer a maior ponte possível. Feita a divisão dos professores em quatro grupos, cada equipe precisou construir sua ponte de maneira que fosse possível uma pessoa caminhar em segurança sobre ela.

Ao concluir essa etapa, todos se uniram para construir uma única ponte, aumentando ainda mais o desafio. Através deste exercício foi possível correlacionar com os obstáculos encontrados em sala de aula, onde alunos têm uma maneira diferente de chegar ao objetivo proposto e o professor deve ser o mediador.

Outro exercício foi um jogo estratégico denominado KRAKE. O grupo foi novamente dividido em duas equipes e, dentro dela, quatro subdivisões. Em um grande tabuleiro, a equipe dispunha de quatro peças e também de “investimentos”. Os professores se engajaram com forte espírito competitivo, podendo concentrar esforços na estimulação de habilidades cognitivas e comportamentais transversais, de base, trabalhando concentração, união e principalmente, a comunicação.

No outro desafio, denominado TORRE, o objetivo era que todos trabalhassem em prol do mesmo objetivo, o de construir uma torre com blocos dispostos no chão. Foi necessária dedicação e integração para que o objetivo fosse alcançado.

O uso destas ferramentas retorna a importância ao papel de aprendiz – que interage com o mundo de uma posição curiosa e busca compreender seus modos de funcionamento, seus símbolos e suas relações.